Nascido no México em 1945, o Grupo Bimbo sempre teve como missão “Alimentar um Mundo Melhor”. Em Portugal desde 1992, conta atualmente com 800 colaboradores, 13 delegações e duas fábricas. 330 rotas diárias de distribuição garantem qualidade e frescura em mais de 18 mil pontos de venda.
Publicado em 12 de Dezembro de 2022 às 16:56 | Por Cofina Boost Content
- Fundada em 1945, no México;
- Presença em 33 países;
- 800 colaboradores em Portugal, 137 mil a nível global;
- Fábricas em Mem Martins e Albergaria-a-Velha;
- 17.194 milhões de dólares em vendas líquidas – a nível global;
- 13 mil produtos de mais de 100 marcas, incluindo pão de forma fresco e congelado, bolos, bolachas, madalenas, muffins, bagels, tortilhas, snacks salgados e confeitaria.
Uma pergunta que já pode ter ocorrido a quem está a ler: por que motivo a Bimbo se chama Bimbo? O nome aparece pela primeira vez numa lista feita no México, em 1943, pelos fundadores da empresa. O nome Bimbo resulta de uma combinação entre Bingo (o jogo) e Bambi (o famoso filme da Disney). Nessa lista estavam outros nomes, que não vingaram: Pão Rex, Pão NSE (nutritivo, saboroso e económico), Saboroso, Pão Lírio, Pão Neve e Pão Azteca. É verdade. As raízes de uma das mais importantes empresas de panificação do mundo estão no México.
A Bimbo iniciou a sua atividade a 2 de dezembro de 1945, em Santa Maria Insurgentes, na Cidade do México, fundada por um grupo de empresários já com vasta experiência na área da panificação: Lorenzo Servitje, Jaime Jorba, Jaime Sendra, José T. Mata, Alfonso Velasco e Roberto Servitje. A sua visão, segundo Federico Palacios Camarena, diretor-geral da Bimbo em Portugal, era “fazer um pão realmente bom, nutritivo, saboroso e fresco”. “O objetivo era fazê-lo bem, com a máxima perfeição, com a intenção de nutrir, agradar e assim chegar a todas as casas no México”. Atualmente presente em 33 países em quatro continentes, o Grupo Bimbo “tem, desde 1945, a mesma filosofia: ser uma empresa sustentável, altamente produtiva e plenamente humana, com o propósito de “Alimentar um Mundo Melhor”, refere o responsável.
Em Portugal, a Bimbo começa a distribuir os seus produtos em 1992, através da Earthgrains. O pão de forma Bimbo sem côdea torna-se num sucesso imediato, uma verdadeira inovação no mundo da panificação. Em 1998, começa a operar a primeira fábrica em Portugal, em Albergaria-a-Velha, perto de Aveiro. Depois de um período em que as operações em Espanha e Portugal foram compradas e assumidas pela multinacional norte-americana Sara Lee, em 2011 estas voltam a ser adquiridas pelo Grupo Bimbo. Em 2016, a empresa adquire o negócio de bolos da Panrico, que inclui marcas muito conhecidas como a Donuts, Donettes, Bollycao, La Bella Easo, Eidetesa e Qé!.
Temos uma relação muito próxima com o canal tradicional e horeca, todo o "on trade". Todos os dias, mais de 330 rotas distribuem os nossos produtos. É uma enorme responsabilidade, que abraçamos com muito orgulho e compromisso.
Neste momento, em Portugal, a Bimbo conta com mais de 800 colaboradores, 13 delegações, e duas fábricas, com sete linhas de produção. Esta rede garante 330 rotas de distribuição que, seis dias por semana, entregam os produtos da Bimbo a mais de 18 mil pontos de venda por todo o território nacional. Para Federico Palacios Camarena, “este route to market único continua a ser a essência” da marca. “Em Portugal, temos uma presença muito forte em todas as categorias em que estamos presentes. No contexto do grupo, Portugal tem uma posição muito relevante em termos de valor de marca, presença e resultados”. Para o responsável no nosso país, “a Bimbo mantém uma posição de liderança graças à qualidade dos mais de 100 produtos, e à força de marcas como: Bimbo, Oroweat, The Rustik Bakery, Thins, Donuts, Donettes, Bollycao e Manhãzitos”.
Neste contexto, e apesar de reconhecer o peso muito relevante dos hipermercados e supermercados, Federico Palacios Camarena sublinha, como fator distintivo da Bimbo, ao longo de toda a sua história em Portugal, “uma relação muito próxima com o canal tradicional e horeca, todo o ‘on trade’”. Todos os dias, mais de 330 rotas distribuem os nossos produtos. É uma enorme responsabilidade, que abraçamos com muito orgulho e compromisso. Sentimos que temos mais de 18.000 parceiros, no canal tradicional”. Este posicionamento e investimento na distribuição é muito importante para a Bimbo. “Estamos em constante evolução e revemos continuamente o nosso modelo de distribuição, o nosso sistema route to market, e investimos na automatização das nossas linhas de produção, de forma a chegar aos nossos clientes da forma mais eficaz e com qualidade”, refere o responsável.
O investimento na distribuição diária, considera, é fundamental para garantir qualidade e frescura. “Pretendemos oferecer aos consumidores produtos com a melhor qualidade. Não só garantimos a frescura dos nossos produtos, como impulsionamos a inovação. Conhecemos bem os nossos clientes e os consumidores e, por isso, trabalhamos em conjunto com os nossos parceiros de forma que os nossos produtos mantenham a sua qualidade característica”, explica o diretor-geral em Portugal. O objetivo é não só continuar a oferecer os produtos que já fazem parte do dia a dia dos consumidores, mas também continuar a inovar. Federico Palacios Camarena dá dois exemplos: “Em 2021, introduzimos no mercado os Bagels, que têm sido um sucesso, e mais recentemente entrámos no segmento das bolachas com as marcas Donuts e The Rustik Bakery, estas últimas já neste trimestre.”
Queremos ser líderes na panificação sustentável. A médio e longo prazo, pretendemos investir na melhoria da nossa capacidade produtiva, bem como apostar na inovação.
Uma equipa motivada e comprometida com a missão da empresa é, normalmente, condição necessária para o sucesso. O diretor-geral em Portugal confirma que a Bimbo não é exceção: “Acreditamos numa cultura centrada nas pessoas. Por isso colocamos os nossos colaboradores no centro de tudo o que fazemos. Para nós, todos os colaboradores têm potencial para crescer e queremos que quem trabalha connosco se sinta valorizado.” Como é que esse compromisso se manifesta? “Desde o primeiro dia oferecemos formação personalizada para cada cargo, e mantemos a formação ao longo de todo o percurso. A nossa cultura organizacional proporciona a promoção interna dos nossos colaboradores, de forma a apostar no talento, fortalecendo o seu reconhecimento individual. Além disso, estamos em constante procura de novos perfis, porque acreditamos que novos talentos ajudam a melhorar e a inovar as nossas dinâmicas e o nosso negócio.”
Por outro lado, a empresa sempre teve, desde a sua origem, uma noção muito forte de responsabilidade social, a que se veio juntar uma preocupação crescente com a sustentabilidade. “O nosso lema é ‘alimentamos um mundo melhor’ e quando dizemos isto, não nos referimos apenas a uma alimentação saudável. Falamos também de alimentar o bem-estar das pessoas e da natureza. Este é um lema ambicioso, que se traduz numa longa viagem, que precisa de uma estratégia bem definida”, afirma Federico Palacios Camarena.
No Grupo Bimbo, a estratégia de sustentabilidade tem três eixos: “Promover uma maior diversidade de nutrientes e receitas mais simples, reduzir as emissões de CO2 – com o objetivo de nos tornarmos a médio prazo uma empresa com zero emissões de carbono – e apoiar as comunidades agrícolas.” Ao nível ibérico, o grupo criou uma equipa de sustentabilidade focada em desenvolver e implementar melhores práticas dentro da empresa. Exemplos dessa atividade são a melhoria dos perfis nutricionais dos produtos; dar uma informação clara e transparente ao consumidor, acerca dos produtos; sensibilização dos colaboradores para práticas sustentáveis; e redução do desperdício – para a qual a empresa está a desenvolver uma parceria, que pretende anunciar em breve, com a Too Good To Go.
Federico Palacios Camarena sabe que o consumidor está cada vez mais atento aos produtos que compra: “Olham com mais cuidado para os ingredientes dos produtos, para o seu nutri-score e para as suas características, com o propósito de encontrar opções mais saudáveis.” Por outro lado, com a pandemia, os portugueses procuram refeições mais práticas, convenientes e de rápida confeção. “Estamos atentos ao comportamento do consumidor para responder da melhor forma às suas necessidades, e por isso, estamos a desenvolver e a inovar nas nossas receitas de forma a melhorar os perfis nutricionais, mas também para que tenham menos impacto ambiental, protegendo também a saúde do nosso planeta”, refere.
Sobre o futuro, o diretor-geral em Portugal é cauteloso, recordando que “os tempos são incertos”. No Grupo Bimbo, tentam antecipar estas incertezas agilizando e implementando iniciativas em todas as áreas, desde o fabrico, à distribuição e vendas. No entanto, a direção estratégica da empresa é clara: “Queremos ser líderes na panificação sustentável. A médio e longo prazo, pretendemos investir na melhoria da nossa capacidade produtiva, bem como apostar na inovação, de forma a atrair novos consumidores e a colocarmo-nos numa posição ainda mais competitiva.” O futuro, para Federico Palacios Camarena, está em melhorar o desenvolvimento dos produtos “através do uso de receitas mais saudáveis, com o objetivo de alimentar um mundo melhor e continuar a inovar trazendo novos produtos para o mercado.”
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