Completa um quarto de século em 2022, mas está mais atual do que nunca. O Centro Comercial Colombo faz questão de primar pela diferença, e trabalha diariamente na procura de soluções para garantir que continua a ser a maior referência no universo dos centros comerciais em Portugal.
Publicado em 26 de Agosto de 2022 às 17:00 | Por Cofina Boost Content
- 340 lojas;
- 25 milhões de visitantes/ano;
- 400 colaboradores;
- 5.000 lojistas;
- 506 milhões de euros em volume de negócios (2019).
Foi pensado pela Sonae Sierra para ser um conceito visionário, que aproveitava uma oportunidade de mercado. O Centro Comercial Colombo começou a ser desenhado em 1988 e, nessa altura, “o único conceito de comércio integrado que o país conhecia era o Centro Comercial Amoreiras, nascido em 1985, surgindo, mais tarde, o CascaiShopping”, conta-nos Paulo Gomes, diretor do centro. Com a assinatura do arquiteto José Quintela da Fonseca e a “inspiração no imaginário do navegador Cristóvão Colombo e nos Descobrimentos, visível na sua arquitetura e decoração”, o Centro Comercial Colombo foi inaugurado no dia 15 de setembro de 1997.
Durante nove anos foi desenvolvido um projeto que “apresentava uma dimensão nunca antes vista em Portugal. A sua abordagem ambiciosa foi, de facto, o seu primeiro desafio. A inovação esteve sempre presente em todas as suas dimensões, desde a sua construção à sua gestão. Portugal ainda não tinha experiência num projeto com estas características e dimensões. Mesmo a nível europeu, escasseavam projetos comparáveis”. Paulo Gomes explica assim os desafios que as equipas tiveram de enfrentar para desenvolver e construir o Colombo. Na vertente da construção, os desafios foram grandes devido à dimensão do centro, que não se cinge apenas ao que é visível ao público, uma vez que “é um edifício que tem tanto de área visível e pública, como de área técnica”, revela o diretor. A sua construção implicou o envolvimento de centenas de pessoas.
Mas os desafios não se ficaram pela construção do edifício. Era preciso saber gerir o projeto, tanto no modelo de parcerias e gestão da comercialização, como no próprio marketing e operação do cen-tro comercial. Paulo Gomes revela que “foram desenhados modelos de comercialização e de marketing inovadores para a época, que contemplavam abordagens diferentes e originais, de forma a garantir a melhor oferta de comércio e lazer em Lisboa. Esta era uma cidade que, na altura, tinha poucas referências de um centro comercial com um mix de lojas abrangente. Era necessário implementar todo um novo ecossistema de gestão que envolvia, não só gestores e lojistas, como toda uma operação com equipas de limpeza, vigilância e manutenção”. Um desafio que hoje ainda se mantém, não fosse o Centro Colombo um dos maiores empregadores da capital, com 400 colaboradores na área de gestão e prestação de serviços, e 5.000 colaboradores nas lojas. Pessoas que trabalham dia e noite para que o centro continue a receber bem mais de 20 milhões de visitantes, todos os anos.
O Colombo apresentava uma dimensão nunca antes vista em Portugal. A sua abordagem ambiciosa foi, de facto, o seu primeiro desafio. A inovação esteve sempre presente em todas as suas dimensões, desde a sua construção à sua gestão.
Atualmente com 340 lojas, quando o Colombo abriu as portas contava com 420. Um dia que, recorda Paulo Gomes, “foi, sem dúvida, um dos seus maiores marcos, tendo sido talvez o ponto alto da sua história, permitindo constatar que este projeto visionário iria ser um sucesso garantido. Pela inauguração em si, com a presença do senhor Presidente da República Jorge Sampaio, e por ter sido um momento muito especial para toda a equipa, ao ver o projeto ganhar vida”.
Com o projeto lançado, era preciso conseguir dirigir este navio de grande dimensão, e fazê-lo navegar, com sucesso, através dos desafios que surgiam todos os dias. Uns maiores do que outros, como em 2004, aquando da realização do Campeonato Europeu de Futebol. O Centro Colombo, por se localizar ao lado de dois dos maiores estádios de futebol do país, foi, como conta Paulo Gomes, “parte integrante de todo um plano de segurança do evento. Toda a equipa do Centro Colombo teve e correspondeu a um grande acréscimo de responsabilidade, o que muito nos orgulhou e nos deu uma experiência sem precedentes”.
Outro desafio enorme que o Centro Colombo teve de enfrentar foi algo global e que não poupou nenhum setor ou país: a pandemia de covid-19. O diretor do Colombo revela que “o centro esteve sempre aberto, mas, ao longo de quase dois anos, tivemos de nos adaptar muito rapidamente a várias alterações legislativas que tinham impacto no funcionamento do centro, nos nossos lojistas e nos nossos visitantes”. Depois de 2019 ter sido, em termos de negócio, um dos melhores anos de sempre, o impacto da pandemia marcou a história do centro. A equipa que o gere viveu “tempos intensos, mas de muita aprendizagem e resiliência” e esteve “sempre pronta a as-segurar que todas as regras eram cumpridas, com a maior agilidade e prontidão, de forma a garantir a segurança dos nossos visitantes e a contribuir para a contenção da pandemia”, refere Paulo Gomes.
Damos muito mais do que a resposta funcional de shopping. Somos um espaço que proporciona experiências diferentes, sejam elas físicas ou emocionais, tornando a visita mais rica e diferenciada.
Para conseguir ajudar os lojistas e visitantes a lidar com as restrições, o Colombo lançou várias iniciativas, como conta o seu diretor: “Criámos postos de testagem gratuita para os clientes poderem, facilmente, aceder aos restaurantes e consumirem com todo o conforto e em segurança; lançámos um serviço gratuito de drive-in para recolha de encomendas, online ou via telefone, de forma cómoda, e inaugurámos uma plataforma de e-commerce que permitiu aos lojistas – de forma gratuita – manterem atividade quando as lojas estavam encerradas, ou para os que não tinham plataformas de venda online próprias”, ex-plica Paulo Gomes.
Criatividade é um dos adjetivos que caracterizam a gestão do Centro Colombo. É um dos fatores que contribuem para que continue a ser tão procurado ao longo dos anos, apesar da concorrência que, entretanto, foi surgindo. Tendo como “objetivo promover uma oferta diferenciada, moderna e variada, para todos os gostos e necessidades”, como refere o seu diretor, aliado ao facto de ser um dos maiores espaços comerciais da Europa, fazem com que a vontade das marcas em estar presentes neste espaço, seja grande. A resposta do Colombo a esse desejo é afirmada pelo seu diretor: “As nossas portas estão abertas, todos os dias, e estamos sempre prontos para acolher as lojas de referência das grandes marcas portuguesas ou internacionais. Por exemplo, este ano vamos ter a primeira loja certificada do Grupo LEGO no país.”
Assim, a procura pelo Colombo por parte dos visitantes vai continuar dinâmica e constante, porque “sabem que, no Colombo, podem encontrar resposta para tudo o que precisam, contando ainda com o facto de saberem que são surpreendidos com experiências inovadoras e únicas, para além das compras”, diz Paulo Gomes. Mas que experiências podem ser vividas num centro comercial? O diretor do Colombo explica que sabem que estão inseridos num negócio “complexo e concorrencial”, o que lhes dá “uma oportunidade de evolução, de procura de novas propostas e que tem levado a uma maior aposta no omnicanal e em novos serviços”.
Por isso, o Colombo “está a reforçar o seu caminho como agregador de experiências, convidando os visitantes para mais experiências, e dando muito mais do que a resposta funcional de shopping. Somos um espaço que proporciona experiências diferentes, sejam elas físicas ou emocionais, tornando a visita mais rica e diferenciada”. Um exemplo concreto desta abordagem é a aposta e o investimento na cultura, como é prova um dos seus principais projetos, “A Arte Chegou ao Colombo”, que já vai na 12ª edição.
O Colombo tem conseguido agarrar oportunidades, adaptar-se às alterações, crises e imprevistos, como uma crise económica e uma pandemia, e continuar a responder aos desafios, crescendo e oferecendo o que de melhor existe no país.
Este programa de arte pública tem como objetivo tornar mais acessível a arte e a cultura “através da organização de exposições de arte de qualidade em espaços públicos”, como indica o site do centro, na área dedicada a este programa e que contém também imagens de todas as edições. Com orgulho, Paulo Gomes revela que esta continua a ser uma das iniciativas com maior relevância e investimento: “O Colombo foi dos primeiros a colocar a arte no centro, sendo também exemplo para outros centros comerciais, fazendo-a chegar a cada vez mais portugueses e tornando o nosso centro um palco para a cultura. No Centro Colombo temos milhares de visitas, ultrapassando os 650 milhões desde a abertura em 1997.”
Ao ler tudo o que um centro desta dimensão realiza, fica no ar a dúvida sobre a sustentabilidade e como pode algo tão grande não ser um consumidor de recursos ambientais. Mas até nessa área o Colombo é inovador, tendo traçado, há já muitos anos, a preocupação com a sustentabilidade como uma opção estratégica, em linha com a Sonae Sierra, que integrou a sustentabilidade como estratégia de negócio há mais de duas décadas e “sempre a manteve como pilar do posicionamento em todos os eixos e áreas de negócio, para continuar a entregar soluções com valor partilhado para o negócio, o ambiente e a sociedade”, revela Paulo Gomes. Assim, são reciclados mais de “60% dos resíduos gerados no centro”, e tenta-se, todos os dias, “otimizar processos que levem à poupança energética, através da redução do consumo de energia, ou à poupança de recursos naturais como a água”, diz o diretor.
Uma estratégia que não será descurada nem com a expansão já anunciada (em dezembro de 2021) do centro, “que vai permitir ter mais lojas e lojas maiores, como são os casos da Primark, Nike e JD Sport, que vão aumentar a sua área”. Em jeito de balanço destes 25 anos de história, Paulo Gomes considera que o Colombo “tem conseguido agarrar oportunidades, adaptar-se às alterações, crises e imprevistos, como uma crise económica e uma pandemia, e continuar a responder aos desafios, crescendo e oferecendo o que de melhor existe no país”.
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