Começou a operar em 1980, com três pessoas. Quatro décadas passadas, e contando já com 2300 colaboradores, a Rangel Logistics Solutions alargou as áreas de atuação, movimentando mercadoria entre mais de 220 países e territórios, seja por terra, mar ou ar. Está presente em oito países onde oferece serviços integrados de transporte e logística, com soluções adaptadas aos diversos setores de atividade.
Publicado em 05 de Agosto de 2022 às 17:00 | Por Cofina Boost Content
- Presença direta em oito países;
- 2300 colaboradores;
- 23 000 clientes;
- 217 milhões de euros em volume de negócios (2021);
- 386,5 mil m2 de Área logística.
Fundada por Eduardo Rangel, que deu o nome à empresa, a Rangel Logistics Solutions começou a sua existência na área da oferta de serviços aduaneiros. Mas já nesses anos iniciais, a empresa mostrava um grande espírito de inovação, tendo sido pioneira na ligação por comunicação de dados (via protocolo X.25) entre os seus escritórios e a Alfândega. Com a entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia, em 1986, ficou claro para Eduardo Rangel que o negócio dos serviços aduaneiros ia ser fortemente impactado pela livre circulação de mercadorias, pelo que era crucial diversificar o negócio.
Nasce, assim, o segundo negócio da empresa, dedicado ao Transporte Terrestre Europeu, estabelecendo a Rangel uma rede de agentes e de escritórios nas principais cidades do país. Logo de seguida foi criado o segmento Aéreo & Marítimo e, em 1993, surge a área de Logística e Distribuição, altura em que começam a oferecer ao mercado serviços integrados de logística e transporte.
Atualmente, a Rangel dispõe de uma organização completa e especializada nas atividades de logística e transporte. De despachante aduaneiro, ao transporte terrestre europeu e transporte aéreo e marítimo para todo o mundo, passando pela logística e distribuição, e pelo transporte expresso ibérico e internacional. A oferta é abrangente, de modo a oferecer o mais amplo leque de serviços, onde até a logística especifica para obras de arte está incluída.
Esta última oferta, altamente especializada, surgiu quando, em 1998, a Rangel ganhou em consórcio o concurso para o Operador Logístico Oficial da Expo 98. Mais tarde, estes serviços estenderam-se a outros projetos, nacionais e internacionais, com uma carteira de clientes diversificada, que passa por museus, fundações, galerias, leiloeiras, colecionadores e artistas, mas também associações empresariais e empresas, entre outros.
Hoje somos reconhecidos como um parceiro logístico global, com capacidade de integração de uma vasta gama de serviços de transporte e logística.
Em jeito de balanço sobre o crescimento da Rangel, o CEO da empresa, Nuno Rangel, considera que “a evolução ao longo dos anos foi muito positiva, porque fomos respondendo aos desafios dos nossos clientes e fomos criando serviços, sempre tendo o cliente no centro das nossas atenções. Hoje somos reconhecidos como um parceiro logístico global, com capacidade de integração de uma vasta gama de serviços de transporte e logística.”
Para a Rangel, o investimento na diferenciação, pela inovação tecnológica e pela criatividade, tem sido desde sempre o foco da empresa, a par com o foco no cliente. “As especificidades de cada cliente estão no centro da nossa cultura de negócio, pelo que criámos mercados verticais e desenvolvemos soluções adaptadas a cada setor de atividade” refere Nuno Rangel.
Assim, surgiram soluções como a Pharma & Healthcare, com logística e transporte para a Indústria Farmacêutica, setor no qual a Rangel é líder no mercado nacional, sendo responsável pelas operações logísticas de algumas das maiores farmacêuticas mundiais. Segundo Nuno Rangel, esta unidade foi “extremamente importante para a empresa durante a pandemia de COVID-19”. O seu crescimento fez com que a Rangel procedesse “à ampliação da Plataforma Logística do Montijo dedicada à área Pharma, duplicando a sua capacidade de 15 para 30 mil m2", refere o CEO.
Os últimos anos vieram transformar a visão empresarial de muitas empresas, sobretudo no que diz respeito à área da logística, que passou a ser vista, não mais como uma atividade operacional, um centro de custos, mas sim como uma atividade estratégica.
Mas os setores de atividade com soluções dedicadas não se ficam apenas pela saúde. A Rangel dispõe também de soluções logísticas para um segmento tão desafiante como é o cluster Automotive & Aviation, um setor com necessidades alicerçadas no “just in time”, com elevados níveis de exigência em toda a cadeia produtiva e de abastecimento. Destacam-se ainda as soluções de Logística Industrial, que respondem aos requisitos das unidades de produção industriais. Segundo Nuno Rangel “temos no nosso portfólio algumas das maiores e mais complexas operações logísticas em Portugal, alicerçadas em parcerias de longa duração".
Mas as indústrias abrangidas pelos serviços dedicados da Rangel não se ficam por aqui. Incluem a Fashion & Lifestyle, com soluções de “supply chain” ajustadas às dinâmicas e complexas operações da logística da moda; a solução e-commerce “full service”, um serviço de logística completo para e-commerce, dirigido às empresas que querem melhorar ou dar o salto para as vendas online; e outras como Consumer Electronics, Wines & Beverages, Food & Perishables e Oil & Gas.
A logística especializada para nichos de mercado é uma aposta para continuar. Para tal, como explica Nuno Rangel, “reorganizámos algumas das nossas áreas, criando uma linha de negócio, a Rangel Special Logistics, com várias unidades de serviços especializados. Um bom exemplo é a Rangel High Tech Logistics, que criámos este ano. Trata-se de serviços de logística integrada para equipamentos tecnológicos, associado sobretudo a grandes equipamentos, sejam estes bancários (ATMs, cofres), médicos (TAC, Raio-X), ou para data centers e telecomunicações. Neste contexto, fazemos a mudança, respetiva ativação, armazenagem, instalação, e primeira ligação do equipamento, com uma proposta de valor acrescentado para o cliente”.
Para além da especialização, outro vetor de desenvolvimento dos negócios da Rangel é a internacionalização, que foi iniciada já em 2007. Nesse ano a Rangel expandiu-se para Angola, seguindo-se Moçambique, em 2011, Brasil, em 2013, Cabo Verde, em 2015, México e África do Sul, em 2020, e Zâmbia em 2021. Mas não querem parar por aqui. Como afirma Nuno Rangel: “hoje estamos presentes em oito países e temos como objetivo continuar a nossa expansão. Pretendemos estar cada vez mais presentes no triângulo logístico entre Europa, América e África”. O objectivo é ser “uma multinacional portuguesa no setor logístico”, explica o CEO da empresa, adiantando que” trabalhamos sempre para gerar valor para os nossos clientes, sendo o seu braço logístico de apoio ao transporte das mercadorias pelo mundo. Vamos continuar atentos ao mercado, aos novos desafios e novas oportunidades, sempre com o objetivo de ajudar as empresas portuguesas que se querem afirmar no mercado global”.
Com esta ambição a Rangel “está a procurar investir em infraestruturas físicas, em armazéns e frota, e sobretudo em infraestruturas tecnológicas e software. Em 2021, decidimos ampliar a nossa logística contratual, com uma nova plataforma na zona de Lisboa Norte, em Castanheira de Ribatejo, com 22.500 m2” refere o CEO. Mas o investimento não é só logístico, passa também pelas pessoas, com uma aposta na formação e desenvolvimento em diversas áreas, sendo a inovação, automatização, robotização e digitalização temas geralmente visados. Como explica Nuno Rangel, para crescer e internacionalizar precisam de continuar a contar com “o apoio tão importante das nossas pessoas. Por isso temos como principal enfoque a aprendizagem e melhoria contínua da nossa equipa. Acreditamos que a sua dedicação e capacidade analítica, juntamente com a capacidade técnica e know-how, fazem da Rangel uma organização internacional com cada vez mais serviços de valor acrescentado.”
A questão da expansão internacional está muito presente nos nossos objetivos. Para conseguir alcançar esse patamar continuaremos a apostar na inovação tecnológica, colocando sempre as nossas pessoas no centro.
Além das ações de formação, a Rangel considera fundamental a preparação da liderança com constantes ações de desenvolvimento para uma gestão mais interativa e tecnológica. Procura também assegurar os contextos favoráveis para a qualificação dos profissionais, através da disponibilização de meios e recursos, com equipas técnicas dedicadas ao desenvolvimento interno e à formação dos profissionais na abordagem a novas tecnologias e ferramentas. Ciente da importância da formação contínua dos seus profissionais, Nuno Rangel considera que esta é “essencial para o seu crescimento e desenvolvimento, bem como para uma Rangel que se quer manter competitiva, com as melhores soluções e qualidade de serviço.”
Este é um mercado que está a sofrer transformações profundas, nomeadamente pelo impacto da pandemia e da guerra na Ucrânia. Segundo Nuno Rangel “os últimos anos vieram transformar a visão empresarial de muitas empresas, sobretudo no que diz respeito à área da logística, que passou a ser vista, não mais como uma atividade operacional, um centro de custos, mas sim como uma atividade estratégica, que tem de ser resiliente, versátil e flexível.”.
No entanto, para o CEO, “a história da Rangel ao longo destes 42 anos tem-se pautado pela capacidade de aceitar e agarrar os desafios que os nossos clientes nos colocam, o que nos tem feito crescer e criar soluções inovadoras e customizadas. E porque, diariamente, o nosso objetivo é gerar valor para os nossos clientes, estamos sempre atentos aos novos desafios e às novas oportunidades.”. Para Nuno Rangel, a ambição é muito clara: “ser uma organização internacional com cada vez mais serviços de valor acrescentado, ser uma multinacional portuguesa no setor logístico”. Por isso, considera que “sem dúvida que a questão da expansão internacional está muito presente nos nossos objetivos. Para conseguir alcançar esse patamar continuaremos a apostar na inovação tecnológica, colocando sempre as nossas pessoas no centro da organização. Assumimo-nos como uma “learning organization”, com enfoque na aprendizagem, melhoria contínua e multinacionalidade da equipa Rangel”.
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